O Poder das Ervas e Folhas


Elas estão presentes nos mais variados lugares e sim, não somente pode como deve estar próximas de você. Seja no apartamento, no escritório de trabalho, em casa, no jardim, na sala e em todos os lugares por onde você passa ou fica, são excelentes para nos auxiliar nas mais variadas finalidades.
Algumas servem para equilibrar o ambiente e a nós mesmos, outras têm propriedades curativas, tem até mesmo aquelas que têm propriedades para atrair riquezas (em todos os âmbitos de nossas vidas) e sim, existem aquelas que estimulam a sensualidade, as paixões e o amor. Sim, estou falando delas que estão presentes desde o início da humanidade e nos eventos mais marcantes lá elas também estiveram, estou falando das ervas e é justamente sobre algumas que aqui falarei e mostrarei quais atributos elas têm para com as nossas vidas. Excelentes purificadoras de ambientes, elas funcionam e agem como protetoras da casa, das pessoas e por todos que por elas passam. Quando plantadas em floreiras ou compondo arranjos, sua função é por si própria maximizada.
Você pode sim ousar e colocá-las juntinhas (o quanto quiser e desde que não seja no mesmo vaso, senão vai deixá-las espremidas e elas não vão gostar), afinal, os diferentes aromas e formas estimulam sensações de bem estar, atraindo coisas positivas para o seu dia-a-dia e para o ambiente em que habita. Ansiosos para conhecê-las? Vamos lá!

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Artemísia

Também conhecida como flor-de-são-joão, erva-de-são-joão, losna e absinto. Essa erva traz vitalidade e entusiasmo. Ela auxilia na superação dos períodos de cansaço ou baixa energia. É excelente para espantar maus fluidos, e caso estiver saindo para uma longa viagem, basta colocar um galhinho no sapato para ficar protegido das maldades que podem haver no caminho. 

Malva

Essa é a planta dos prazeres e da beleza. Ela nos traz suavidade, ressalta as características femininas das mulheres e desperta a sensibilidade nos homens. É uma plantinha que é de fácil cultivo em vasos e além de embelezar a casa trará estímulos às paixões. Corram e encham hoje mesmo sua casa de Malva e irá provar do gosto bom das paixões.

Manjericão

Essa é a erva que mais as pessoas estão procurando ter por perto em 2017, uma vez que é a erva associada à riqueza, à abundância e boa sorte. Plante as suas mudas ou sementes em um lugar ensolarado e quando começarem a crescer o dinheiro estará chegando em abundância. Os ramos de manjericão também podem ser usados em lindos arranjos que podem durar cerca de uma semana na água. Essa erva além dessas propriedades ricas, perfumam e embelezam os ambientes, trazendo um efeito estimulante e revitalizador.

Tomilho

Essa é sem dúvida nenhuma uma das plantinhas mais cheirosas que já conheci e tem um cultivo muito fácil. Fica bonita em vasos e as pequenas folhas secas também têm a função de aromatizar os ambientes. É excelente para afugentar melancolia, a depressão, estimulando a lucidez e o vigor na hora de tomar decisões importantes.

Hortelã

Se estiver em “tempos de guerra”, se o ambiente está turbulento e cheio de conflitos, sim, essa é a erva ideal para ter por perto. Ela auxilia na diminuição da raiva e controla as atitudes impulsivas e precipitadas. Ela tem efeito calmante natural e harmonizador. Tê-la em vasos ou arranjos, tomar um chá bem gostoso ou um banho com ela acalma os ânimos.

Arruda

Muito utilizada por benzedeiras para espantar o mau olhado. Essa erva de cheiro forte e delicioso tem um efeito potente de proteção. É excelente tê-la por perto sempre. Ela estimula a termos consciência de nossos erros nos trazendo luz às decisões mais acertadas.


Louro

Essa é com certeza absoluta a erva da fama e da glória. Tem propriedades purificadoras e relaxantes. As folhas frescas ou secas mantêm-se sempre verdes. Colocadas no quarto, sobre a mesa ou no armário de roupas, exalam um perfume suave, atraindo êxito em todos os nossos passos.


Sálvia

A própria etimologia do nome vem do latim salvare que quer dizer cura. Em casa, um vaso de sálvia protege os moradores contra acidentes e doenças graves. Essa erva seca é utilizada em defumações trazendo assim uma sensação imediata de força e bem estar.


Mirra

Preciosa erva de origem oriental e foi oferecida pelos Reis Magos ao menino Jesus recém nascido. É uma planta de proteção e tê-la cultivada na entrada de casa traz bons fluidos a quem chega e a quem sai, protegendo os ambientes de qualquer negatividade. Caso queira um incenso natural delicioso, coloque as folhas em uma peneira e depois de secas, basta queimá-las.


Salsinha

Excelente tempero e é a erva da juventude. Cultivá-la em um vaso ou canteiro traz entusiasmo restaurando a força e a saúde (física e mental) dos moradores. Além dessa maravilha toda é uma reguladora do ciclo menstrual. É uma erva usada no banho de infusão, eliminando as energias negativas do corpo e trazendo ânimo.


Alecrim

É a erva da felicidade e do amor. Quem está à procura de um amor deve guardar sempre um galhinho junto ao seu corpo. Essa é uma planta forte e ao mesmo tempo delicada, gosta de sol e de vasos grandes e espaçosos. É ideal para espantar maus espíritos, purificar a energia das pessoas e lugares. É uma planta extremamente espiritual, evoca fidelidade (de todos no ambiente) e recordações felizes.

Eu poderia aqui citar e explicar centenas de milhares de ervas e suas propriedades, no entanto, separei as mais utilizadas e funcionais para o dia-a-dia. Notem que ao longo do artigo eu fui falando como se fossem utilizadas apenas em casa, no entanto, não se limitem. Usem e abusem das ervas (as que foram citadas aqui meus queridos, senão vão ter uns espertinhos de plantão que vão usar a desculpa das ervas para outras coisas. Cuidado!) em todos os lugares onde estiver (é claro que com cautela, uma vez que, existem ambientes de trabalhos que não vão permitir um vaso de alho, por exemplo).

Conheçam mais sobre ervas, folhas e os benefícios para a saúde de seu corpo, na página Ervas - Folhas e Chás

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Espero que tenham gostado. Curtam e compartilhem com o máximo de pessoas que puder, afinal, quanto mais pessoas souberem dessas lindas propriedades que têm as ervas, mais e mais a veremos espalhadas por aí fazendo as suas funções mágicas. Caso tenha chegado até aqui, desejo um caminho de muita paz e tranquilidade em sua vida! Paz e Luz!

Carvalho (Quercus) e o Culto às Árvores


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Esta árvore milenar está localizada não só nas elevadas latitudes, mas também na área tropical asiática e na América. Normalmente as espécies mais decadentes se agrupam no norte, enquanto as que detêm folhagem perene estão situadas ao sul. O carvalho produz frutos que são denominados bolotas ou landes.


Geralmente o carvalho se transforma em ferramenta para botânicos e geólogos em suas medições dos infortúnios provocados pela natureza no meio ambiente. Ou seja, nesta árvore eles podem encontrar os sinais das tempestades que se abateram sobre a paisagem na qual ela está localizada, pois este espécime é o que mais padece com os efeitos das chuvas fortes.

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Por incrível que pareça, quanto mais ele se sujeita às intempéries, mais fortalecido ele sai delas, pois suas raízes se arraigam ao solo a cada tempestade, seu tronco se revigora, e a possibilidade dele ser extraído do solo pelos temporais diminui drasticamente, até se tornar nula. O carvalho se embebe de todas as consequências dos temporais e, assim, adquirem um aspecto desproporcional, exatamente como um ser que tivesse realizado um grande esforço ao longo de sua constituição. Chega mesmo a parecer entristecido.

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Por esta razão o carvalho é constante fonte de referência para os espiritualistas, pois com seu papel na Natureza acaba se transformando em metáfora de resistência, resignação, submissão diante dos desígnios divinos, uma vez que, a cada assédio das forças naturais ele não se revolta, nem desanima, mas procura triunfar sobre os obstáculos que o perseguem insistentemente. E assim conserva-se sólido e concreto nas florestas e bosques nos quais habita.

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Entre os celtas ele também assume uma performance essencial, atuando como divindade incessantemente cultuada pelos druidas, que constituíam a classe sacerdotal desta raça ariana que se disseminou pela Europa na Antiguidade. Em um cenário repleto de florestas, coberto por uma vegetação densa que só aqui e ali permitia o aparecimento de algumas lacunas, denominadas clareiras, era de se esperar que as árvores detivessem um poder especial para este e outros povos.

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O culto ao carvalho é encontrado tanto no sul da Europa quanto na área central do continente, nos bosques povoados por este espécime. Em comunhão com a Natureza, os druidas realizavam aí seus rituais, em templos construídos ao ar livre. Nenhuma cerimônia religiosa tinha lugar sem o uso das folhas do carvalho, tal a sua importância para os celtas.

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Por Ana Lucia Santana Reino Plantae (plantas)
Enviado pela amiga Izabela Carvalho Teixeira

Teosofia - Conceitos, Doutrina e Literatura

O Que é a Teosofia

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Teosofia refere-se a um conjunto de doutrinas filosóficasmísticasocultistas e especulativas que buscam conhecimento direto dos mistérios presumidos da vida e da natureza, particularmente da natureza da divindade e da origem e propósito do universo. Esta escola mística/movimento iniciático propõe que todas as religiões surgiram a partir de ensinamentos de tronco comum, que se foram, de certa forma, recombinando e permutando, nas suas diversas mutações e encarnações, e que, apesar de comungarem de um tronco comum, acabam muitas vezes por deturpar os ensinamentos da doutrina original. A teosofia é considerada parte do esoterismo ocidental, que acredita que o conhecimento escondido ou a sabedoria do passado antigo oferece um caminho para a iluminação e a salvação, tendo base nos ensinamentos de Jakob BoehmeFriedrich Cristoph OetingerParacelsusEmanuel Swedenborg e Louis Claude de Saint-Martin assim como a Kabbalah Judaica . De notar que quando colocamos a teosofia nestes termos estamo-nos a referir a todo e qualquer movimento que tenha surgido no pré-Blavatskismo, estando, portanto, conotado com o movimento de gnose cristâ do século XVI, XVIII e XIX.

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A origem etimológica do termo teosofia vem da grego clássico (θεοσοφία), grega (θεοσοφία), que combina grego clássico (θεός), "Deus" e sophia (σοφία), "sabedoria", que significa "sabedoria divina", remontando assim para uma dimensão conotada com o universo do neoplatonismo (quer o movimento do século XVI, iniciado sobretudo a partir de itália, quer o movimento do século XIX, iniciado sobretudo na Alemanha). A partir do final do século XIX, o termo teosofia geralmente foi usado para se referir às doutrinas religio-filosóficas da Sociedade Teosófica, fundadas em Nova York em 1875 por Helena BlavatskyWilliam Quan Judge e Henry Steel Olcott. O trabalho principal de Blavatsky, The Secret Doctrine(1888), foi uma das obras fundamentais da teosofia moderna. A de 2015 A partir de 2015, membros de organizações oriundas ou relacionadas à Sociedade Teosófica atuavam em mais de 52 países ao redor do mundo. Constitui um movimento eclético, que partilham de bases comuns em correntes como o cristianismobudismo, e hinduísmo e que viriam a dar origem a toda uma série de movimentos espiritualistas de carimbo gnóstico do final do século XIX Acaba por influenciar, de igual modo toda uma série de movimentos da nossa época, como por exemplo, a metafísica cristâ de Conny Méndez, a Escola Arcana de Alice Bailey, a Sociedade Antroposófica de Rudolf steiner, a Fundação Krishnamurtie correntes relacionadas com as doutrinas orientalistas sobre níveis de ascenção (Mestres Ascendidos). A teosofia moderna também deu origem ou influenciou o desenvolvimento de outras formas místicas, filosóficas, e movimentos religiosos. Contudo existem diferenças substancias, entre o movimento de gnose espiritualista cristã do século XVI-XVIII e aquilo que viria a ser a doutrina sincrética de Helena Blavatski(quase comparáveis à diferença entre o movimento rosacruciano ortodoxo, e depois encarnações que este viria a ter mais tarde como é o caso da Ordo Templi Orientis ou da Ordem Hermética da Aurora Dourada, movimentos com conotações substancialmente diferentes dos originais. No caso da teosofia a semelhança mantém-se na ideia de transmigração da alma e no conceito de metempsicose que é aceite quer por pelo movimento da teosofia cristã, quer pela síntese de Blavatski, com nuances. Convém referir que a ideia latente em metempsicose difere em sobremaneira da ideia de reencarnação.
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Conceitos Teosóficos

Para os teosofistas, este corpus de conhecimento, a Sabedoria de Deus, com a ética a esse associada, é tão antigo quanto o mundo, e a rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido. Sua realidade e importância são relembradas às pessoas periodicamente, sob diversas denominações e formalizações, adequadas ao espírito de cada época, local e povo para quem é apresentado, e é o tronco vivo e eterno de onde brotam as flores do ensinamento original todas as grandes religiões do mundo, do passado e do presente. Segundo um dos inspiradores do movimento teosófico contemporâneo, o Mestre K.H., a quem Blavatsky dizia seguir, "a Teosofia não é uma nova candidata à atenção do mundo, mas é apenas uma declaração nova de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade". Considera-se que a Teosofia strictu sensu seja isenta de identificação com quaisquer culturas e sociedades específicas, sendo em vez a fonte original do conhecimento divino que verte em uma determinada cultura através dos símbolos e arquétipos próprios daquele povo. Por exemplo, a sabedoria divina foi transmitida à civilização do Egito antigo através dos símbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, possibilitando a assimilação dos conceitos divinos através desta roupagem. E como no Egito, também nas outras terras, a Grécia antiga, a Babilônia, Tibete, América, Europa e em todas as culturas, independentemente de terem feito contato entre si, demonstrando que a Teosofia é uma sabedoria que se expressa e pode ser conhecida por diversas fontes.
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Quando Blavatsky lançou o movimento teosófico contemporâneo no século XIX valeu-se de uma grande quantidade de elementos da tradição religiosa Hindu, que havia estudado durante sua permanência no Tibete. Assim, sua apresentação compreende uma terminologia muitas vezes baseada no idioma sânscrito, divulgando no ocidente conceitos como Maya (ilusão), Dharma (caminho) e Mahatmas (grandes almas). Outros conceitos fundamentais, conhecidos há milênios no oriente, mas que a Teosofia popularizou no ocidente, são a Reencarnação e o Karma. Mas isso, como já foi exposto, não define a Teosofia como uma filosofia hindu ou oriental, e diversas referências de outras culturas e sistemas, como o Taoísmo, Budismo, Cabala, Cristianismo, Gnose e Hermetismo, remetem a Teosofia à sua essência divina e universal. Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo e do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos aeons. Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé cega, ainda assim defende a Revelação, uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de atingí-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através dos mensageiros os Profetas e Santos de todas as religiões, e auxílios inumeráveis como agentes da Providência e da Justiça Divinas, e mesmo aparecendo visivelmente entre os irmãos menos evoluídos, quando os tempos o exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos corações um amor mais intenso pelo divino.
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A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude. A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades. Apesar de reconhecer a importância das religiões em estado mais puro como disseminadoras de ensinamentos importantes, não é uma filosofia teísta, se bem que possa ser descrita como panteísta, já que como um dos Mahatmas declara com rigor cartesiano, a existência de Deus como uma entidade distinta do universo dificilmente pode ser provada, mas reconhece níveis diferentes de evolução entre os seres, numa escada graduada que se ergue a alturas insondáveis.
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LITERATURAS
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A Chave da Teosofia

MATAVENERO: Uma cidade espanhola isolada da civilização

Imagine que você e seus amigos, cansados de tudo que ocorre no Brasil e no mundo, decidam se unir e começar uma nova vida em coletividade no meio das montanhas e uma vila construída, gerida e mantida por vocês mesmos, através de muito trabalho e criatividade. Um lugar onde vocês possam viver segundo suas próprias regras e valores isolados de qualquer tipo de entidade governamental coercitiva e/ou cagadora de regras.
Foi mais ou menos isso que ocorreu em 1989, quando um grupo de hippies decidiu ocupar uma vila medieval abandonada nas montanhas do norte da Espanha em um lugar que hoje é chamado de Matavenero.
Em Matavenero “a maioria das casas são muito pequenas e cheias de pequenos detalhes que explicam os valores morais das pessoas que lá vivem ” define o fotógrafo Antonio Guerra que foi até lá para compor o ensaio “Y tu Sueño“.
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Antonio viajou até a ecovila que fica no meio das montanhas de León no norte da Espanha para fotografar e também para ver de perto como vivem estas pessoas. Algumas das fotos do ensaio “Y Tu Sueño” você confere a seguir e também pode assistir ao documentário sobre Matevenero no final deste post.
A aldeia de Matavenero em 1989 era um lugar abandonado. Ao contrário de outras comunidades na Espanha que vivem ocupadas, esse pequeno grupo de pessoas conseguiu a permissão de autoridades locais para se estabelecerem lá. Na comunidade que hoje em dia é habitada e muito bem cuidada, com jardins diversos, um sistema de transporte, eles ainda abriram os caminhos antigos e atualmente vivem em harmonia com a natureza em uma vida simples e feliz.

A Lenda das 13 Matriarcas

Texto de Mirella Faur – extraído do Anuário da Grande Mãe


Ao longo dos tempos, entre os Kiowa, Cherokee, Iroquois, Sêneca e em várias outras tribos nativas norte-americanas, as anciãs contavam e ensinava, nos “Conselhos de Mulheres” e nas “Tendas Lunares”, as tradições herdadas de suas antepassadas. Dentre várias dessas lendas e histórias, sobressai a lenda das “Treze Mães das Tribos Originais”, representando os princípios da energia feminina manifestados nos aspectos da Mãe Terra e da Vovó Lua.
Neste momento de profundas transformações humanas e planetárias, é importante que todas as mulheres conheçam este antigo legado para poderem se curar antes de tentarem curar e nutrir os outros. Dessa forma, as feridas da alma feminina não mais se manifestarão em atitudes hostis, separatistas, manipuladoras ou competitivas. Alcançando uma postura de equilíbrio, as mulheres poderão expressar as verdades milenares que representam, em vez de imitarem os modelos masculinos de agressão, competição, conquista ou domínio, mostrando, assim, ao mundo um exemplo de força equilibrada, se empenhando na construção de uma futura sociedade de parceria.
Como regentes das treze lunações, as Treze Matriarcas protegem a Mãe Terra e todos os seres vivos, seus atributos individuais sendo as dádivas trazidas por elas à Terra. O símbolo da Mãe Terra é a Tartaruga e seu casco, formado de treze segmentos, simboliza o calendário lunar.
Conta a lenda que, no início da no nosso planeta, havia abundância de alimentos e igualdade entre os sexos e as raças. Mas, aos poucos, a ganância pelo ouro levou à competição e à agressão, a violência resultante desviou a Terra de sua órbita, levando-a a cataclismos e mudanças climáticas. Em conseqüência, para que houvesse a purificação necessária do planeta, esse primeiro mundo foi destruído pelo fogo.
Bordado Matizes Bordados DumontAssim, com o intuito de ajudar em um novo início e restabelecer o equilíbrio perdido, a Mãe Cósmica, manisfestada na Mãe Terra e na Vovó Lua, deu à humanidade um legado de amor, perdão e compaixão, resguardado no coração das mulheres. Para isso, treze partes do Todo representando as treze lunações de um ciclo solar e atributos de força, beleza, poder e mistério do Sagrado Feminino. Cada uma por si só e todas em conjunto, começaram a agir para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo do perdão e da compaixão que iriam redimir a humanidade. Essa promessa de perfeição e ascensão iria se manifestar em um novo mundo de paz e iluminação, quando os filhos da Terra teriam aprendido todas as lições e alcançado a sabedoria.
Cada Matriarca detinha no seu coração o conhecimento e a visão e no seu ventre a capacidade de gerar os sonhos. Na Terra, elas formaram um conselho chamado “A Casa da Tartaruga” e, quando voltaram para o interior da Terra, deixaram em seu lugar treze crânios de cristal, contendo toda a sabedoria por elas alcançada. Por meio dos laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade que une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura das pessoas. Cada uma das Matriarcas detém uma parte da verdade representada, simbolicamente, em uma das treze ancestrais, as mulheres atuais podem recuperar sua força interior, desenvolver seus dons, realizar seus sonhos, compartilhar sua sabedoria e trabalhar em conjunto para curar e beneficiar a humanidade e a Mãe Terra.
Somente curando a si mesmas é que as mulheres poderão curar os outros e educar melhor as futuras gerações, corrigindo, assim, os padrões familiares corrompidos. Apenas honrando seus corpos, suas mentes e suas necessidades emocionais, as mulheres terão condições de realizar seus sonhos.
Falando suas verdades e agindo com amor, as mulheres atuais poderão contribuir para recriar a paz e o respeito entre todos os seres, restabelecendo, assim, a harmonia e a igualdade originais, bem como o equilíbrio na Terra.

Meditação para entrar em contato com a Matriarca de qualquer lunação
Bordado Matizes Bordados Dumont

Transporte-se mentalmente para uma planície longínqua. Ande devagar por entre os arbustos e diferente tipos de cactos, nascendo do chão pedregoso. O ar está calmo, o silêncio quebrado apenas pelo canto de alguns pássaros. Veja o Sol se pondo, colorindo o céu nos mais variados tons de dourado e púrpura.
No meio dos arbustos você enxerga uma construção rudimentar de adobe, meio enterrada no chão, lembrando o casco de uma tartaruga. Ao redor, há um círculo de treze índias, algumas idosas, outras jovens, vestidas com roupas e xales coloridos e enfeitadas com colares e pulseiras de prata, turquesa e coral. A mais idosa bate um tambor, as outras cantarolam uma canção que lhe parece familiar. Uma delas lhe faz sinal para que você se aproxime e você a segue respeitosamente.
Sabendo que chegou à Casa do Conselho, onde receberá apoio e orientação, você entra na estranha construção de teto, por uma abertura, descendo por uma escada rústica de madeira. Ao descer a escada, você se percebe dentro de uma “Kiva”, a câmara sagrada de iniciação dos povos nativos. As paredes estão decoradas com treze escudos, cada um ornado de maneira diferente, com penas, símbolos, conchas e fitas coloridas. O chão de terra batida está coberto de ervas cheirosas e algumas esteiras de palha trançada. No fundo da “Kiva”, você vê duas pequenas fogueiras, cuja fumaça sai por duas aberturas no teto. Esses “fogos cerimoniais” representam os dois mundos – o material e o espiritual – e as aberturas representam os canais ou “antenas ” que permitem a percepção dos planos sutis. A fumaça representa o caminho pelo qual os pedidos de auxílio e as preces são encaminhados para o Grande Espírito.
No centro, perto de um caldeirão, está sentada a Matriarca que você veio procurar. Ajoelhe-se e exponha-lhe seu problema. Ouça, então, sua orientação sábia ecoando em sua mente. Peça, em seguida, que ela toque seu peito, acendendo assim o terceiro fogo, a chama amorosa de seu próprio coração. Sinta o calor de sua benção curando antigas feridas e dissolvendo todas as dores, enquanto a chama lhe devolve a coragem, a força, a fé e a esperança. Agradeça à Matriarca pela dádiva que lhe devolveu seu dom inato e comprometa-se a restabelecer os vínculos com a Irmandade das mulheres, lembrando e revivendo a sabedoria ancestral.

Despeça-se e volte pelo mesmo caminho, tendo adquirido uma nova consciência e a certeza de que jamais estará só, pois a Matriarca da Lunação de seu nascimento a apoiará e guiará sempre.


Seres Elementais ou Elementares ou Espíritos da Natureza



A existência dos elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.
Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia. Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica. Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades.
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Seriam então esses agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas. Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem. Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris.
Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa. Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos. E os outros elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.
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Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal. Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.
E as fadas? Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.
Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e, em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo. Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.
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E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas. Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.
Não podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.
Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau uso que faz dessas potências e seres da natureza. Ondinas, sereias, gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas exprime nossa profunda ignorância quanto aos “mistérios” da criação.
As questões relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos, dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado “elo perdido”. Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.
O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverencia profunda ao autor da vida.

Fonte: http://www.espiritismoparatodos.com/2008/01/seres-elementais-ou-elementares-ou.html